segunda-feira, 17 de julho de 2023

Em busca de um estilo de vida criativo

 

Criatividade? O que é ser uma pessoa criativa? Sou uma pessoa criativa? Como ser uma pessoa criativa se corro o dia todo fazendo mil tarefas e resolvendo inúmeras situações inusitadas que surgem?

Você também se faz (ou já fez) perguntas dessa natureza?

Sim, eu me fiz essas perguntas seguidas vezes como secretária executiva. Enquanto professora universitária também me cobrava (de forma silenciosa, sozinha!!). E, vez por outra, ainda me flagro duvidando se sou ou não uma pessoa criativa.

Tempos atrás, minha resposta para mim mesma era: não sou nada criativa. Sou sim uma pessoa pragmática. O que faço, faço com qualidade e efetividade. Pronto! Era a avaliação que eu fazia de mim mesma.

Certo dia, lá pelos idos de 1998, lendo o livro Criatividade Feminina: um guia para reconhecer e usar o seu potencial, escrito por C. Diane Ealy, Ph.D., descobri que ser criativa tem a ver com ser uma solucionadora de problemas. Pois bem, isso eu sabia que era (e ainda sou). Como secretária executiva sempre me auto programei para estar à disposição das demandas de executivos e lideranças corporativas que estava assessorando.

Porém, nunca me via como uma pessoa criativa. Talvez porque sempre tivesse o entendimento de que assessorar e estar à disposição de outrem não tinha absolutamente nada a ver com ser criativa. O que na verdade era o contrário. Sempre tive uma vida profissional extraordinariamente criativa. Cheguei a essa conclusão na época em que estudei o livro citado.

Dias atrás, @arcadicas publicou o post no Instagram sobre a criatividade sem organização ser apenas uma ideia solta e que juntas são essenciais para o sucesso e a consecução de objetivos e metas. 

Em seu post, acrescentou ainda que “organizar nossos pensamentos ao estruturar um projeto nos permite maior clareza e uma visualização mais completa das etapas necessárias para alcançar nossos objetivos.” E com isso otimizar tempo e recursos, evitando desperdícios e retrabalhos.

Oh! Que genial!! A publicação me transportou aos anos em que ministrava as disciplinas de Técnicas Secretariais e de Gestão de Processos e Procedimentos Administrativos, em cursos de graduação e pós-graduação em Secretariado e Assessoramento Executivo. Perfeita a colocação trazida por @arcadicas. Criatividade e organização devem andar de mãos dadas, na mesma via. Caso contrário, há colisão, e a entrega a ser feita não acontece.

Em seu post, @arcadicas afirma que cria um plano de ação detalhado, onde cada ideia é registrada e conectada a uma estrutura lógica. Utiliza-se de técnicas de brainstorming e organiza as ideias em um cronograma realista, pelo qual estabelece prazos e prioridades. Dê uma espiada lá no post para mais detalhes, ok?

Talvez você ainda insista em seu silêncio interior a afirmar: tá, e daí, mas eu não me considero uma pessoa criativa. Tenho habilidade em fazer as atividades, sou organizada, mas ser criativa está longe de eu ser.

Será mesmo? Para embasar o que vou te dizer em seguida, recorri de novo ao livro Criatividade Feminina (Fique tranquilo/a, não vou teorizar muito não!!)

Numa determinada página do livro, a autora questiona: “você já ajudou alguém a resolver um conflito, possibilitou que um grupo aprendesse, incorporou aprendizado ao seu comportamento ou solucionou um problema confuso? Você foi criativa.”

Wow! Demais essa afirmação! Para a autora, capacidade de conviver com os outros, capacidade de planejar, capacidade de reconhecer e resolver problemas, independência e capacidade de ver o todo, são características e qualidades que descrevem uma pessoa criativa. Ou melhor, geram produtos intangíveis, que são resultados do processo criativo.

É bem verdade que esses “produtos” nem sempre são reconhecidos como criativos, e consequentemente as pessoas que os criam também não são. E por que não? Porque para muitos há a pressuposição de que um esforço criativo tem que resultar em um produto tangível. Os produtos da criatividade não necessariamente precisam ser concretos. Podem ser intangíveis.

Em outro momento, a autora faz o convite para pensarmos nas pessoas criativas que conhecemos. Sugere relacionar os comportamentos criativos ou qualidades que temos observados nelas. E no passo seguinte, destacar quais desses traços ou qualidades possuímos. Lá vai a dica: faça sua lista. Certamente você vai se surpreender.

De acordo com a autora, as pessoas criativas tendem a possuir muitas qualidades positivas, quais sejam: 


capacidade de conviver com os outros;

capacidade de planejar;

capacidade de reconhecer e resolver problemas;

independência;

capacidade de ver o todo;

senso de humor;

alto grau de honestidade;

senso de responsabilidade social;

desejo de fazer contribuições positivas ao mundo.

Agora que você já sabe as qualidades positivas de pessoas criativas, ainda tem dúvida se é ou não é uma pessoa criativa?

Tudo tem a ver com viver um estilo de vida criativo. Desenvolvemos a criatividade com o enfrentamento de desafios a todo instante. Segundo a autora, “aprender a viver criativamente é algo que dura para sempre. Nunca ‘chegamos’ lá”. E uma vida organizada aguça esse ritmo. Corrobora o entendimento de que criatividade e organização devem ser fiéis aliadas.

Uma última colocação: um estilo de vida criativo não aceita o status quo sem qualquer questionamento dos “fatos”. Sei que não é fácil, mas que tal se, vez por outra, colocarmos de lado o que “consideramos verdadeiro” para ver novas possibilidades surgirem?

Dito isso, bora buscar um estilo de vida criativo. #disse

 

Fonte:

Ealy, C. Diane. Criatividade Feminina: um guia para reconhecer e usar o seu potencial. Rio de Janeiro: Campus, 1996.

 

 

 

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Atitudes que denotam (com)postura

 

Adotar uma postura assertiva requer obrigatoriamente a mesma atenção com que você vem desenvolvendo suas competências e habilidades técnicas. Por isso, não é à toa que é importante você se manter atento(a) e vigilante às ações e à forma de se comportar e relacionar com as pessoas.

Simples comportamentos e atitudes merecem atenção quando se trata de ter (com)postura. Confira alguns:

 ü Cumprimentar as pessoas com: bom dia! Boa tarde! Como vai? Até amanhã.

ü Um sorriso espontâneo e fácil no rosto, demonstrando bom humor.

ü Agradecer um favor ou uma gentileza recebida com: muito obrigado! Muito obrigada!

ü Pedir: por favor, por gentileza, com licença, desculpa.

ü Respeitar a hierarquia para estabelecer uma relação de confiança e lealdade.

ü Manter um padrão de comportamento com todos, independentemente da posição hierárquica da pessoa.

ü Ser pontual, porque acredita que a pontualidade é sua obrigação para com a agenda e o tempo do outro.

ü Respeitar a privacidade e o trabalho dos colegas.

ü Ter disposição para conversar e responder às perguntas formuladas, com naturalidade.

ü Elogia quem cumpre bem uma tarefa ou supera as expectativas.

ü Procurar falar com a pessoa em particular para corrigir falhas e fazer críticas construtivas.

ü Ser respeitoso com as opiniões alheias.

ü Sentir-se à vontade sem ser inconveniente.

ü Afastar-se sempre da fonte de rumores e fofocas.

ü Respeitar a “política de portas abertas” adotada na empresa.

ü Manter sempre organizados e limpos os locais de uso comum: cozinha, sala de reuniões, banheiros.

ü Utilizar o material do local de trabalho somente para trabalhos profissionais da empresa.

ü Em entradas e saídas, segurar a porta para quem está vindo atrás.

ü No elevador, só entrar quando não houver mais ninguém para sair.

ü Ter postura respeitada e compenetrada em velórios.

ü Levantar-se para cumprimentar um membro do clero, uma autoridade, convidado(a) de honra, uma pessoa idosa, uma pessoa com necessidades especiais.

ü Responder uma gentileza com uma nota de agradecimento.

ü ...

ü ...

domingo, 18 de junho de 2023

O falso empoderamento nas redes sociais

 

Quem escreve a história? Você! Eu! Nós!

Todo mundo tem história. Gostamos de contar nossa própria história. É algo gratificante. Faz bem. Precisamos contar nossa história. E dar oportunidade às pessoas contarem suas também.

Atualmente as pessoas têm encontrado espaço para escrever suas histórias nas redes sociais. Algumas aproveitam o espaço para compartilhar momentos e acontecimentos marcantes em sua vida. Outras, para expor ideias e pontos de vista a respeito de situações corriqueiras ou inusitadas. Outras, para desabafar. Tem quem, em nome da emoção do momento (ou da falta de noção, talvez), se expõe em demasia.

Como as redes sociais se tornaram uma parte intrínseca de nossas vidas, cabe uma reflexão sobre o verdadeiro impacto  dessa exposição na forma como os outros nos percebem, tanto pessoal como profissionalmente. Assim, antes de qualquer atitude em publicar algo, porque não se perguntar:

Ø Quais aspectos de minha vida pessoal quero expor e quais devem permanecer privados?

Ø Qual o impacto de uma exposição exagerada nas redes sociais em minha carreira profissional?

Ø De que maneira pode afetar negativamente minha imagem e meus relacionamentos?

Para contribuir com a reflexão, deixo aqui algumas ponderações que costumo fazer a respeito da ilusão do empoderamento virtual, toda vez que essa questão vem à tona em alguma palestra que ministro. Me acompanhe para depois você elaborar sua própria opinião.

Ø Nossa privacidade está em jogo quando divulgamos informações pessoais on-line. O que publicamos hoje pode ser acessado por qualquer pessoa amanhã. Inclusive por empregadores em potencial.

Ø Os departamentos de RH das empresas estão utilizando as redes sociais como um recurso a mais no processo de recrutamento e seleção, para identificar um provável candidato e levantar informações iniciais e pessoais sobre seu perfil. Claro que o contato presencial e a entrevista ainda fazem parte das etapas do processo seletivo.

Ø As chances de ser contratado podem ser arruinadas por comentários ofensivos, fotos inadequadas ou discussões polêmicas. São situações que refletem negativamente na imagem pessoal e profissional. O melhor a fazer é cultivar uma presença on-line que demonstre maturidade, respeito e profissionalismo.

Ø Por vezes, ao compartilhar detalhes da vida pessoal nas redes sociais pode nos levar a alimentar uma ilusão de poder, fama. Será que não estamos em busca de validação e atenção?

Ø Ser seletivo ao publicar e priorizar a qualidade e a autenticidade das informações é fundamental para se construir postura coerente com as atitudes e comportamentos demonstrados na convivência presencial.

Em suma, um pouco de cuidado e bom senso são necessários antes de se postar algo. As redes sociais não deveriam servir como um livro aberto de nossa vida. #prontofalei. Minha opinião!!

Quer saber mais? Trata-se da forma como eu vejo o compartilhamento de nossas vidas nas redes sociais. Talvez não reflita a sua opinião a respeito. Cada pessoa deve considerar sua situação e contexto ao decidir o que publicar. E estar preparada (principalmente, emocionalmente) para lidar com a opinião alheia e a variedade de comentários e reações que vai receber.

Contudo, é fundamental avaliar cuidadosamente o conteúdo que compartilha, as páginas que segue e as opiniões que expressa nas redes sociais.

Finalizando, super recomendo você se perguntar antes de postar algo: por que estou compartilhando isso? Qual o impacto dessa publicação na minha privacidade?