terça-feira, 23 de novembro de 2021

Gafes imperdoáveis à mesa

û Sentar à mesa de refeição sem ser convidado.

û Servir-se de grande quantidade de comida.

û Comer depressa demais. Recomenda-se comer num ritmo saudável, mastigando bem os alimentos.

û Gesticular com os talheres na mão.

û Mexer no celular com frequência.

û Não usar o guardanapo antes de beber.

û Falar e beber com a boca cheia de comida. Comer de boca aberta.

û Levar a faca à boca. E fazer a faca de pá.


û Recusar os vinhos. Se for abstêmio, aceitar só um pouco.

û Colocar a mão sobre o copo para dizer que não bebe.

û Cortar toda a carne ou o peixe de uma só vez.

û Pousar a taça na mesa, após o brinde, sem antes beber um pouco.

û Deixar colher dentro da taça de sorvete ou dentro da xícara de café. Só no pires.

û Fazer ruído ao tomar sopa.

û Abrir os cotovelos como asas. Ou colocá-los em cima da mesa.

û Colocar sal ou pimenta antes de provar a comida.

û Pendurar o guardanapo no colarinho.

û Palitar os dentes. Passar fio dental. Tirar o aparelho ortodôntico.

û Assoar o nariz. Retocar a maquiagem.

û Arrotar. Só é fino no mundo árabe.

û Pedir pratos sofisticados, os mais caros e difíceis de comer nas refeições de negócios.

û Cuidado com as bebidas alcoólicas no almoço ou jantar de negócios.

û Chamar o garçom de companheiro, amigo, brother,.....

 

  


quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Sobre o uso da máscara

 

O uso de máscara, hoje, é parte de nossa vestimenta. Tornou-se um adorno obrigatório, pelo menos por ora.

Quer manter sua elegância ao usar a máscara?

ü Nunca coloque sua máscara diretamente sobre a mesa em um restaurante ou na casa de amigos. Coloque-a sobre um guardanapo. Ou mantenha-a na bolsa ou no bolso do paletó.

ü Nada de deixá-la pendurada em uma orelha só.

ü Usar a máscara debaixo do queixo, de jeito nenhum.

ü Máscara amassada? Também é feio.


sexta-feira, 2 de julho de 2021

A refeição como ritual e obra de arte

 

Ritual é ação frequentemente repetida, numa forma em grande parte estabelecida com antecipação. Visa a tornar corretas essas ações. Todos os presentes sabem o que deve ocorrer e reparam quando não ocorre.

É uma definição de ritual escrita por Margaret Visser, em seu livro O Ritual do Jantar: as origens, evolução, excentricidades e significado das boas maneiras à mesa. No livro, a autora revela que as regras de comportamento à mesa têm uma história antiga e complexa e não se resumem a escolhas aleatórias no tempo e no espaço.

Margaret Visser considera a refeição como ritual e obra de arte, com "limites estabelecidos, desejos despertados e satisfeitos, seduções, variedade, estabelecimento de modelos e maquinação. Como numa obra de arte, não apenas a forma geral, mas também os detalhes importam por demais." (p.18)

Hoje, todos dependemos de saber como nos movimentar em nosso complexo e perigoso mundo social e corporativo. Conhecer o ritual das refeições - e lembrando mais uma vez que ritual é o comportamento esperado e o correto - requer ações repetidas constantemente.

Em outras palavras, significa que se tivermos assimilado, se soubermos e praticarmos diariamente as boas maneiras à mesa, não teremos mais que pensar na maneira como lidar com nosso garfo e a faca toda vez em que somos servidos, principalmente em ocasiões consideradas especiais e fora da rotina. Como afirma Margaret Visser, ao contrário, "somos capazes de atacar nosso bife e apreciá-lo, enquanto demonstramos, sem esforço, contenção e competência e demonstramos nosso desejo de ser comunicativos, de aproveitar a companhia." (p.19)


Ter domínio das regras de boas maneiras capacita-nos ao interrelacionamento, pressionando-nos a nos comportarmos de modo previsível. Para Margaret Visser,  "as regras de cortesia tendem a se acumular nos momentos de transição, de encontros com outras pessoas, de tomar decisões, conferenciar, partir, comemorar. Os rituais estão aí para facilitar passagens difíceis." (p.22).

Os rituais incluem gestos, acenos, sinais com a cabeça, sorrir, um desculpe murmurado, atitudes e posturas adotadas quando estamos em pé ou sentados,.......

 

"O ritual é uma expressão de solidariedade. "   (Margaret Visser)

terça-feira, 8 de junho de 2021

#Postura profissional: por quê? Para quê?

 

É no relacionamento com o outro que dizemos ao outro (muitas vezes, sem dizer palavra alguma) a que viemos, o que defendemos, no que acreditamos, como tratamos os outros e como queremos ser tratados. Ou seja, reflexo da nossa postura diante das diversas circunstâncias que se nos apresentam em nossas atividades e eventos diários.

Como muito bem diz Eugênio Mussak, em seu livro Metacompetência, postura é comunicação.  É a maneira de pensar e agir, refletida nas atitudes e ações. É a maneira como cada pessoa se posiciona perante o mundo, perante a profissão que decidiu seguir e perante o cargo que ocupa.

Na prática, postura é o resultado de um referencial que cada um traz baseado na sua história e contexto de vida, construído a partir da relação familiar, da interação com a vizinhança, no colégio onde estudou, do credo religioso da família, do clube que costumava frequentar, dos amigos com quem batia uma bola, das amigas com quem ia ao cinema e assim por diante. Agora, refletido no contexto corporativo.

Um profissional diz como quer ser percebido por intermédio da postura que adota.  Mesmo que não tenha consciência dessa postura, a falta de consciência já denota a postura. Profissionais pecam ao não se darem conta da importância que é ter competência e educação social ao lidarem com o outro. Prejudicam sua imagem de profissionais capacitados e competentes por não terem a habilidade de estabelecer uma relação de confiança, envolvimento, comprometimento e pertencimento.

Segundo especialistas, precisamos ser cada vez mais socialmente competentes para contribuirmos com uma sociedade mais humanizada e com o ambiente de trabalho mais harmônico e saudável. Pequenos deslizes de postura fazem estragos significativos na imagem profissional, impactam a reputação da empresa e criam um ambiente de trabalho tóxico.


Dê um bom dia sempre!! 
Mesmo que o outro não te responda. 

Bom dia!!

 

#Comportamento Corporativo

  

 

Só faz sentido falar e discutir comportamento e protocolo corporativo (etiqueta profissional e social) com a pessoa que tem respeito e empatia pelo outro, que preserva o seu espaço pessoal sem invadir o do outro. Que quer ter uma interação saudável e não ser inconveniente com o outro. Que se esforça para deixar tanto o outro quanto ele mesmo em situação confortável para tratar de assuntos corporativos ou conviver em sociedade. A pessoa precisa querer.        


                                                                                       (Eliane Wamser)

      


terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Linguagem não verbal

 

A comunicação é o processo mediador do contato entre as pessoas.  Comunicamo-nos utilizando a linguagem, que é o instrumento de comunicação do ser humano. A interação com pessoas e instituições acontece por meio da linguagem verbal (fala e escrita) e da linguagem não verbal (gestos, tom de voz, expressão facial, sinais vocais, entonação...). Também denominada de linguagem corporal.

Há necessidade de se ter um bom domínio dos conhecimentos sobre linguagem, já que ela é usada para conversar, ouvir, expressar pensamentos e sentimentos, expor e relatar ideias e projetos, entender e resolver problemas.

No ambiente de trabalho, saber se comunicar é fundamental para o acesso e a transmissão de informações de forma rápida, ágil e precisa. Vejo muitos profissionais sendo traídos por sua autoconfiança ao lidar com as tecnologias traduzidas por smartphones, tabletes, aplicativos. O que nem sempre quer dizer que tenham habilidade de se comunicar. Resultado disso são os problemas enfrentados nas corporações na área de comunicação: ninguém mais ouve e presta atenção em ninguém e no que está sendo dito e escrito; responde verbalmente ou por escrito tudo em poucas palavras. Para economizar vocabulário. Será? Ou falta de vocabulário e ausência de habilidade na escrita?

Se há um certo descuido na utilização da linguagem verbal (na fala e na escrita), na linguagem não verbal (corporal) é ainda mais acentuado. Ou por desleixo ou por desconhecimento da importância da linguagem corporal na interação com as pessoas.

Trago aqui algumas colocações de Carol Goman, em seu livro A linguagem corporal dos líderes, que vão fazer você prestar mais atenção aos sinais não verbais que emite, bem como querer aguçar sua habilidade de ler e responder à linguagem corporal de outra pessoa para estabelecer empatia e conexão.

“Como os empregados, membros da equipe, clientes e colegas se sentem em relação a você, ao ‘passar pela sua sala’ algumas vezes ou observá-lo nos corredores corporativos?” (p. 30)

“A linguagem corporal é a administração do tempo, do espaço, da aparência, da postura, do gesto, da prosódia vocal, do toque, do cheiro, da expressão facial e do contato visual.” (p. 11)

“Quando utilizada de forma apropriada, a linguagem corporal pode ser a sua chave para um êxito maior. Ela pode ajudá-lo a desenvolver relações empresariais positivas, influenciar e motivar as pessoas que se reportam a você, melhorar a produtividade, criar um vínculo com os membros de sua equipe, apresentar as suas ideias de forma mais impactante, trabalhar com eficácia em um mundo multicultural e projetar o seu selo de carisma.” (p. 19-20)

“Quando se trata de linguagem corporal, o contexto é soberano. Você não pode dar sentido à mensagem não verbal de alguém, a menos que compreenda as circunstâncias por trás dela.” (p. 36)

Fonte: GOMAN, Carol K. A linguagem corporal dos líderes: como essa linguagem silenciosa pode ajudar – ou prejudicar – o seu modo de liderar. Petrópolis/RJ: Vozes, 2014.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

PERTENCIMENTO: é “agir” com propósito

 

WAMSER, Eliane

elianewamser@outlook.com

 Certa tarde de julho de 2015, minha sobrinha Emily, sua amiga Fran e eu conversávamos na cozinha sobre o que estavam estudando na escola. Emily prontamente disse que em Ciências estavam desenvolvendo um projeto sobre a Mata Atlântica. E eu, diante de minha sabedoria de tia, disse:

- Emily, você lembra que no ano passado ficamos um final de semana na casa do avô da Fran no meio da floresta? Lá estávamos cercados pela Mata Atlântica.

E ela respondeu: “Tia Eliane, você sabia que aqui na sua casa você tem Mata Atlântica?”

 Imediatamente ela saiu da cozinha e foi até o escritório. Parou defronte a impressora, tirou uma folha de papel A4, mostrou-me dizendo: “Tia Eliane, isso aqui é Mata Atlântica.”

Minha resposta gaguejando: “Você tem razão, Emily. Quanta Mata Atlântica eu tenho aqui em casa. E na estante de livros então?”

Na sua maneira singela, Emily demonstrou e exercitou seu sentimento de pertencimento à natureza. Aliás, um sentimento que praticamos (ou deveríamos praticar) no cotidiano onde moramos, onde trabalhamos, onde nos divertimos, onde estudamos, no grupo de amigos com os quais convivemos.

Zanetti (2010) lembra que o fato de se pertencer a uma coletividade ser tão antiga e óbvia não se dá conta de sua importância. Segundo ele, o senso de pertencimento nos dá a sensação de participarmos de alguma coisa maior do que nós mesmos. Dá-nos força e incentivo para lutar por uma causa, que será comum também para aqueles que estão ao nosso lado no dia-a-dia. 

Temos consciência desse pertencimento ao cosmos, mesmo praticando pequenas ações, assim como uma menina de 8 anos de idade?

Pequenas ações que fazem muita diferença no todo. Fazem e farão muita diferença em nosso ambiente de trabalho que conta com o envolvimento de cada um na construção de um mundo mais harmonioso, mais fraterno, solidário, com consciência ecológica, relacional e sustentável.

As pessoas precisam e se sentem bem ao dizer que fazem parte de algum grupo ou programa, ou ação; têm orgulho em pertencer àquele momento da história, segundo Zanetti (2010). No senso comum, dizemos que o ser humano nasceu para viver em sociedade, porque não consegue viver sozinho. Estudiosos defendem que a leitura de mundo de uma pessoa está amparada em sua história de vida. 

Quando se refere à situação planetária e ao futuro do cosmos, D´Ambrósio (1997) evidencia que cada um de nós é o que é, dentro de determinado contexto. Como educador matemático brasileiro e internacional, um defensor de se promover uma cultura planetária, uma educação multicultural, uma educação para a paz, capaz de eliminar as diferenças, o autor assevera que é necessário entender o homem na sua integralidade porque é o homem integral “que procura entender a sua posição ao longo da história e procura adquirir conhecimento para sobreviver e transcender.” (p. 30).

Afirma, ainda, que estamos inseridos no cosmos e que “somos tudo isso ao mesmo tempo, uma realidade individual, uma realidade social, uma realidade planetária, uma realidade cósmica. Temos que entrar em harmonia com tudo isso. Temos que entrar em harmonia com a gente mesmo, em harmonia com a sociedade, com o planeta e com o cosmos.” (D`AMBRÓSIO, 1977, p. 33).

O autor trata de nossos relacionamentos com nossos semelhantes e com a própria natureza. Da interdependência entre o ambiente e o nosso ser, entre nosso pensamento, que incorporamos por meio da percepção captada pelos órgãos dos sentidos. Interdependência essa que por si só implica um imenso respeito que devemos ter diante das diferenças, da diversidade entre os seres, das diferenças cultural e social.

O fato de sermos interdependentes e inseparáveis de um Todo Cósmico, onde ações nossas em Blumenau, os desmatamentos no Pará, a desertificação no Nordeste, o derretimento das camadas de gelo no Polo Ártico, o aumento do nível dos oceanos, a exaustão dos aquíferos, o aquecimento global, tudo impacta na natureza, em nossa realidade e na realidade do próximo, onde quer que se esteja.

D`Ambrosio (1997, p. 30) enfatiza que buscamos no cosmos a nossa posição e que é “somente a partir da hora que eu reconheço que eu sou eu é que sou um indivíduo. Mas eu sou nada se não tiver o outro.” Um reconhecimento que buscamos quando pertencemos a um meio e nesse meio sentimo-nos integrados.

Para Abraham Maslow, psicólogo americano, o ser humano, como ser social, tem uma necessidade de pertencer a um grupo. Acreditava que muito do comportamento do ser humano pode ser explicado pelas suas necessidades e pelos seus desejos. Na pirâmide das necessidades que elaborou, a necessidade de pertencer ocupa o terceiro degrau. Conforme Zohar e Marshall (2004), ao se referirem à hierarquia das necessidades de Maslow, afirmam que, além da necessidade de sobrevivência a qualquer custo, seguida pela necessidade de segurança, são contempladas necessidades mais elevadas, como estabelecer vínculos sociais (sensação de pertencer), ter autoestima e auto atualização, que denominam de necessidade de crescimento espiritual e psicológico e de encontrar sentido na vida.

Os autores ainda lembram que desde que Maslow elaborou sua pirâmide, houve um constante progresso nos estudos de psicólogos, antropólogos e neurocientistas para entender melhor a natureza humana. Estudos revelaram que os seres humanos são primariamente criaturas que procuram significado e valor (auto atualização). “Precisamos da sensação de que estamos fazendo algo que vale a pena e do impulso de um propósito.” (ZOHAR, MARSHALL, 2004, p. 34). O ser humano precisa se sentir aceito, útil, valoroso. Em suma, fazendo parte de algo.

Aliado a isso, há a exigência do mercado de trabalho e o fato de que não haverá espaço para profissionais que apenas se contentam em cumprir suas horas, fazer o seu trabalho e ir para casa. Terão que assumir responsabilidades, trabalhar por metas com as especificações de desempenho.

Da mesma forma que é preciso nutrir o sentimento de pertencimento ao Cosmos para cada um atingir seu estado de paz interior, que por sua vez é essencial, nas palavras de D`Ambrosio (1997), para que se encontre uma paz social, entendemos que é preciso se desenvolver o sentimento de pertencimento à profissão e ao cargo que se opta ter para se inserir e atuar no mundo do trabalho.

A consciência de pertencimento, ou o sentimento de pertencimento de um profissional, não é automático, e nem acontece imediatamente a partir do momento em que, por intermédio de seu processo de formação, tem a condição de entrar e se manter no grupo profissional. O comprometimento com o grupo profissional é uma estratégia para lutar por uma colocação no mercado de trabalho. Porém, não unicamente. O comprometimento também resulta na criação de um vínculo que permite contribuir com o grupo, sentir-se integrado e fazendo parte da construção da história desse grupo.

É sobremodo importante refletir e buscar uma compreensão, mesmo que preliminar, do sentimento de pertencimento que permeia nossa atuação profissional. Torna-se necessário, contudo, aprender a olhar sob uma perspectiva mais global, holística, integral. Um aprendizado que vai exigir de cada um de nós um grande esforço, diariamente, para nos afastarmos sempre mais de uma visão de mundo cartesiana, mecânica, que nos separa de nossos relacionamentos, não reconhece a importância do contexto no qual estamos inseridos.

A ausência de pertencimento gera a onda do descartável, do desapego: nos relacionamentos, nos empregos, com as pessoas, com o conhecimento construído, com a história de vida vivida. As inovações tecnológicas de comunicação e informação, tão presentes em nosso cotidiano profissional e pessoal, deram-nos tanta ilusão de autossuficiência que nos fizeram esquecer de que somos parte de algo maior. Hoje, evitamos o envolvimento, privilegiamos o distanciamento. Evitamos o contato face a face e servir o outro. Contudo, queremos estar em todos os lugares, virtualmente.

Como então desenvolver o sentimento de pertencimento?

Torna-se necessário aprender a ter um olhar sob uma perspectiva mais global, holística, integral, onde o “todo seria mais do que a soma das partes”, de acordo com Edgar Morin, lembrado por Moraes (1997, p. 72). E ao mesmo tempo “o todo está também em cada parte”, no que a autora destaca que “um indivíduo não está somente dentro da sociedade, mas a sociedade enquanto todo está também dentro do indivíduo (através de seus hábitos culturais, das influências em suas mentais etc)”.

Essa visão, para Moraes (1997, p. 73), “nos leva a compreender o mundo físico como uma rede de relações, de conexões, e não mais como uma entidade fragmentada, uma coleção de coisas separadas”. Vai exigir de cada um de nós um grande esforço, diariamente, para nos afastarmos sempre mais de uma visão de mundo cartesiana, mecânica, que nos separa de nossos relacionamentos, não reconhece a importância do contexto no qual estamos inseridos.

De forma mais objetiva, no sentido de desenvolver maior sentimento de pertencimento, a educação (entendida aqui como capacitação permanente) pode colaborar ajudando o profissional, num primeiro momento,  ter uma melhor compreensão de si mesmo (autoconhecimento), para saber quem é, qual o seu mais alto potencial, quais os seus talentos, as suas qualidades e os defeitos que possui.

Num segundo momento, a educação pode ajudá-lo a desenvolver uma autoconsciência crescente do que é importante na vida e na profissão, de que a sua responsabilidade é bem mais ampla do que o cargo que ocupa em uma instituição. O ser humano tem a obrigação de assumir alguma responsabilidade pela sociedade da qual faz parte.

Em terceiro ponto, a educação pode ajudar a construir uma postura profissional pautada em princípios e valores éticos, traduzidos em credibilidade, envolvimento, comprometimento e respeito com a coletividade em forma de liderança. Profissionais capacitados e qualificados: técnica, metodológica e moralmente. Pessoas íntegras, com sabedoria para servir a algo maior do que a si próprias.

De forma resumida, o sentimento de pertencimento deve levar um profissional a uma consciência de maior significado, a uma visão animadora ou inspiradora, a um profundo senso de propósito como ser humano e profissional.

Um profissional não pode mensurar o pertencimento à profissão ou ao cargo  unicamente pelo valor de seu contracheque no final de cada mês. Mas, deve mensurá-lo pelo nível de sentimentos de realização, gratidão, respeito, de bem estar, da melhoria de seu entorno, do contexto no qual está inserido, em ganho de qualidade de vida.

REFERÊNCIAS

D`AMBRÓSIO, U. A era da consciência. São Paulo: Editora Fundação Peirópolis, 1997.

MORAES, M. C. O paradigma educacional emergente. Campinas, SP: Papirus, 1997.

MUSSAK, E. Metacompetência: uma nova visão do trabalho e da realização pessoal. São Paulo: Editora Gente, 2003.

ZANETTI, E. Senso de Pertencimento. Disponível em: http://www.eloizanetti.com.br/blog/ 2010/09/senso-de-pertencimento/. Acesso em: 8 mai. 2016.

ZOHAR, D.; MARSHALL, I. Capital espiritual: usando as inteligências racional, emocional e espiritual para realizar transformações pessoais e profissionais. Rio de Janeiro: BestSeller, 2006.