quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Dia do Professor

 

Desde adolescente queria um caminho diferente para mim. Queria evoluir, melhorar e aprimorar meu nível de entendimento do mundo, do contexto ao meu redor, para poder, um dia, ser uma pessoa e profissional respeitada e participativa; e ajudar as pessoas a serem assim também.

Naquela época de adolescente (e ainda hoje), entendi que o único caminho seria estudar. Esse empurrão meus pais me deram. E depois, na escola, tive a felicidade de ter professoras(es) inesquecíveis e imprescindíveis para levar esse propósito adiante. Até hoje.

#FelizDiaDoProfessor



 

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Os tipos comportamentais que podem compor a equipe de trabalho

  

Desde a Antiguidade, pensadores e filósofos vêm tentando classificar e entender as diferenças individuais. Há milhares de anos, os chineses relacionaram as diversas personalidades a doze animais e que cada ano pertencia a um bicho e que a personalidade era determinada por esse animal. Nascia o horóscopo chinês.

Na Grécia Antiga, Hipócrates constatou a existência de quatro humores relacionados à predominância de secreções orgânicas no corpo humano: fleuma, sangue, bilís amarela ou bílis negra. Essa teoria foi mais tarde aperfeiçoada pelo médico romano Galeno, que definiu os tipos como fleumático, sanguíneo, colérico e melancólico, respectivamente. Os fleumáticos são cordiais, gentis e querem agradar aos outros. Os sanguíneos têm o dom da persuasão e da motivação. Entre os coléricos, estão os mais competitivos e determinados. E os melancólicos prezam a organização e a obediência. (BOOG; BOOG, 2004).

A classificação em quatro perfis vem sendo adotada há mais de dois mil anos e serve de referência para modelos atuais como os defendidos por Boog e Boog (2004) e pelos especialistas internacionais em comportamento.

Por trás dessas abordagens está a percepção de que os indivíduos têm motivações diferentes. E de que há uma espécie de energia individual que move o ser humano. O psiquiatra suíço Carl G. Jung se dedicou ao estudo dessas diferenças comportamentais e percebeu a existência de quatro tipos psicológicos básicos: intuição, sensação, pensamento e sentimento. As categorias propostas por Jung, nos anos 20, formam a base para boa parte das tipificações que vieram depois dele, inclusive a que percebe as pessoas respectivamente como: reis, guerreiros, magos e amantes.

O guerreiro, de acordo com Jung (Apud BOOG; BOOG, 2004), são voltados ao curto prazo, são diretos e mais “secos” nos relacionamentos e se baseiam muito na razão e lógica. Tem excitabilidade e energias altas. Isso significa que os guerreiros são ótimos para realizar metas. São os “tocadores” e “fazedores”, dentro desta característica os guerreiros têm a tendência ao estresse, sendo workaholics.

Os guerreiros têm o foco no presente, no “aqui e agora”, sendo tão voltados às suas tarefas, que tendem a ter dificuldades maiores nos relacionamentos, percebendo que muita ênfase nos relacionamentos é perda de tempo. São vistos, por isso, como excessivamente diretos, secos e até grossos. São mobilizados pelos órgãos dos sentidos: gostam das coisas materiais que possam tocar, pesar, avaliar, cheirar, medir. Tudo o que não se encaixa nesses critérios sensoriais de perceber o mundo é visto por eles com desconfiança.

O tipo rei é mais voltado ao longo prazo, tem excitabilidade alta e energia baixa. Isso significa que são ótimos indicadores e empreendedores, mas sua grande dificuldade é terminar o que começam. Os reis têm uma visão do tempo mais a longo prazo, situando-se mais no futuro do que no presente. Adoram ser o foco das atenções e gostam de pessoas ao seu lado, principalmente se elas estiverem aplaudindo.

Para Jung (Apud BOOG; BOOG, 2004), o rei usa muito seu lado intuitivo, percebendo claramente o sistema como um todo, por isso o rei está sempre em busca de novidades, bastante irrequieto com o estado atual das coisas, quer sempre trazer modificações.

Os indivíduos do tipo mago são perfeccionistas, meticulosos, organizados, persistentes, críticos, disciplinados, sérios. Eles têm a energia Yin, se ajustam ao mundo, são mais voltados ao curto prazo, são diretos e secos nos relacionamentos. O mago é o oposto do rei: tem muita energia e baixa excitabilidade. Os magos são ótimos para estruturar e organizar as coisas. São metódicos e tendem ao perfeccionismo. Levam suas tarefas até o fim.

Sua visão é de curto prazo. São voltados a colocar ordem nas coisas. São amáveis, mas formais, e relativamente secos nos relacionamentos. Tendem a se isolar, curtindo mais seus momentos de análise que muitos contatos sociais ou festas. Adoram estar certos e têm muito prazer em resolver problemas difíceis e complexos. O mago, quando já se trabalhou em um processo de conscientização e crescimento pessoal, torna-se um possuidor de sabedoria e poder de discernimento, bom senso e clareza de pensamento.

Os indivíduos do tipo amante são cordiais, ponderados, respeitadores, amáveis, harmonizadores, compreensivos e bons ouvintes. Ajustam-se ao mundo, voltados ao longo prazo, são ótimos nos relacionamentos e perfeitos para construir e manter equipes. Pouco metódicos, mas dão um enorme foco às relações.

O desafio de compreender a diversidade humana e aprender a conviver com ela está na ordem do dia das organizações. Os gestores começaram a se dar conta de que trabalhar com equipes mistas pode ser mais eficaz e produtivo do que unir pessoas de comportamento semelhante. (BOOG; BOOG, 2004).

 

Referências:


BOOG, Gustavo; BOOG, Magdalena. Conviver em equipe: Construindo relacionamentos sustentáveis. 2. ed. São Paulo: M. Books do Brasil, 2004.

Fonte: Texto extraído da monografia elaborada por Rosane Fontanella: Pós graduada em Secretariado Gestão de Pessoas e Processos pelo CESUSC/SINSESC, intitulada: Os tipos comportamentais dos executivos. 

O artigo da mesma autora também pode ser encontrado em: http://www.revistagestaoesecretariado.org.br/ojs-2.2.4/index.php/secretariado/article/view/56

 


sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Protocolo Corporativo: para quê?

        

         Qual é a finalidade do protocolo no ambiente de trabalho presencial ou remoto?

         “[...] “nos protege de colidir com os outros, de magoar os sentimentos dos colegas ou de prejudicar a reputação de uma firma”. Resposta dada por Amy Vanderbilt em 1952 quando escreveu O livro completo de etiqueta de Amy Vanderbilt, (reescrito e atualizado, no fim dos anos 90, por Nancy Tuckermann e Nancy Dunnan). No livro, compara o protocolo do ambiente de trabalho aos sinais de trânsito e aos mapas rodoviários. No contexto atual, é o nosso GPS (Global Positioning System, ou Sistema de Posicionamento Global) corporativo, que sinaliza as normas e regras de civilidade (educação social), essenciais e indispensáveis para quem quer ter resultados positivos no trabalho e no convívio social.

         Conhecer e praticar normas de conduta que fazem parte do mundo do trabalho facilitam sua entrada e seu movimento nesse ambiente. Não importa se são ambientes formais ou informais, presenciais ou remotos (à distância). O que importa é que ao se relacionar com as pessoas prevaleçam suas atitudes de elegância, que são perceptíveis aos outros pela naturalidade e espontaneidade com que são tratados.

         Ajuda você a ter certo controle sobre seu próprio comportamento e fornece ferramentas para que saiba e possa adequar regras e costumes a determinadas realidades, sempre levando em consideração o contexto, o jeito de ser e de pensar do outro. 


quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Formas de tratamento

 

Títulos

Forma vocativa

Forma de tratamento

Arcebispos e Bispos

Reverendíssimo Senhor,

Vossa Excelência Reverendíssima

(V. Excia. Revma.)

Cardeais

Eminentíssimo Senhor,

Vossa Eminência Reverendíssima (V. Ema.Revma.)

Cônsules

Senhor Cônsul,

Vossa Excelência (V. Excia.)

Deputados Federais e Estaduais

Senhor Deputado,

Vossa Excelência (V. Excia.)

Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais

Senhor Diretor,

Vossa Senhoria (V. Sa.)

Doutor (PH. D.)

Senhor Doutor,

Vossa Senhoria (V. Sa.)

Embaixadores

Senhor Embaixador,

Vossa Excelência (V. Excia.)

Freiras, Padres e Autoridades Eclesiásticas

Reverendíssimo Senhor,

Vossa Reverência (V. Reva.)

Governadores de Estado

Senhor Governador,

Vossa Excelência (V. Excia.)

Juiz de Direito

Meritíssimo Juiz,

Vossa Excelência (V. Excia.)

Marechais, Almirantes, Brigadeiros e Generais

Senhor (patente),

Vossa Excelência (V. Excia.)

Mestres

Senhor Professor,

Vossa Senhoria (V. Sa.)

Ministros de Estado

Senhor Ministro,

Vossa Excelência (V. Excia.)

Papa

Santíssimo Padre,

Vossa Santidade (V. S.)

Pessoas em geral

Prezado Senhor,

Vossa Senhoria (V. Sa.)

Prefeitos Municipais

Senhor Prefeito,

Vossa Excelência (V. Excia.)

Presidente da República

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

Vossa Excelência (V. Excia.)

Presidente do Congresso Nacional

Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,

 

Vossa Excelência (V. Excia.)

Presidente do Supremo Tribunal Federal

Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal,

 

Vossa Excelência (V. Excia.)

Presidente de Empresa Privada

Prezado Senhor,

Vossa Senhoria (V. Sa.)

Reitores de Universidades

Magnífico Reitor,

Vossa Magnificência (V. M.)

Secretários de Estado e de Município

Senhor Secretário,

Vossa Excelência (V. Excia.)

Senadores da República

Senhor Senador,

Vossa Excelência (V. Excia.)

Vereadores

Senhor Vereador,

Vossa Excelência (V. Excia.)

 


Educação para uma leitura de mundo


Recordo-me de constantes crises no cenário econômico e produtivo brasileiro. A exemplo do que acontece atualmente. Exigência por produtividade e desempenho máximos. Dirigentes com os nervos à flor da pele. Cenário que requer de nós profissionais paciência, tolerância e muito profissionalismo. Sobreviverá o profissional que tiver pique (aqui entendido no sentido de competência), que tiver um diferencial: fazer e dar sempre o seu “melhor”. Não o “possível” e sim o melhor. E souber se contrapor às diferenças de opinião e ações com respeito, conhecimento e discrição.

Somos todos interdependentes e inseparáveis de um Todo Cósmico, onde ações nossas aqui em Blumenau, onde moro, as queimadas na Amazônia e no Pantanal (e na região oeste dos Estados Unidos) impactam na natureza, em nossa realidade e na realidade do próximo, onde quer que se esteja.

Despertar a nossa consciência com pequenas ações de pertencimento a esse cosmo e à realidade que se coloca diante de nós no mundo do trabalho, amplia nossa responsabilidade na contribuição para a construção de um mundo mais harmonioso, mais fraterno, solidário, com consciência ecológica, relacional e sustentável.

Como dar conta de abafar ou diminuir essa onda do descartável, do desapego: nos relacionamentos, nos empregos, com as pessoas, com o conhecimento construído, com a história de vida vivida? Com o próprio propósito de vida?

Chego a uma só resposta. Visualizo somente um caminho: um amplo processo de educação. Único caminho que nos ajudará a reconstruir uma consciência coletiva na criação do sentimento de pertencimento à natureza e a uma perspectiva de empregabilidade, com o enaltecimento do profissionalismo.

Aqui clamo pelo real comprometimento das três instâncias de educação:

Educação formal: aquela educação que é dada ao ser humano sempre sistematizada e, principalmente, apoiada no sistema. Ela é metódica, intencional, consciente. No caso de Secretariado, deve ser entendida como a formação de técnicos, tecnólogos e bacharéis, nos respectivos níveis de ensino vigentes no Brasil.

Educação não formal: que até pode ser intencional, mas não é e não está inscrita na escolaridade como a formal, que é obrigatória, conforme a Constituição Federal. 

Educação informal é aquela que se dá completamente desvinculada de qualquer método, de qualquer sistema.

 Nenhuma dessas instâncias da Educação poderá ficar de fora, porque a instância que se excluir prejudicará o processo como um todo. Fragilizará o avanço.

Defendemos aqui um processo de educação que proporcione uma leitura de mundo, o desenvolvimento da capacidade da pessoa de se engajar em projetos e ações, consciente de sua responsabilidade social e ética; consciente da necessidade de aprender a aprender e saber pensar, para poder agir e ajudar a transformar o contexto no qual está inserido.

domingo, 30 de agosto de 2020

A vida é um grande laboratório

 

Os melhores lugares para exercitarmos

nossa convivência com o outro são

a família e o ambiente de trabalho. 


Ambos requerem de nós paciência,

tolerância, atenção e compreensão.







quinta-feira, 13 de agosto de 2020

O óbvio precisa ser dito

  

     O óbvio está sendo o vilão na causa de muitos problemas de relacionamento interpessoal, que impactam diretamente na consecução de metas e objetivos corporativos.

Recorrendo ao Novo Dicionário Aurélio, óbvio é o que está diante dos olhos; que salta à vista; claro, patente. Evidente; incontestável.

Ter que falar (ou seria melhor dizer: chamar atenção) sobre situações óbvias durante os treinamentos in company passou a me incomodar profundamente. Considerava desperdício de tempo abordar questões que, a princípio, se mostravam tão evidentes e corriqueiras. Coisas que todo mundo deveria saber. Ah! “Deveria” saber. Até que num treinamento em determinada empresa, um participante me dirigiu a palavra: “O que é óbvio para mim, pode não ser para você. E o que é óbvio para você, pode não ser para mim.”

          Simples assim! Ponto. Concordei. Somos e vivemos em contextos diferentes. Tivemos, até hoje, vivências e experiências diferentes, com pessoas diferentes, em lugares dos mais variados. Logo, enxergamos e percebemos as coisas que nos cercam de modo diferente.

Longe de querer abrir, aqui, espaço para uma discussão mais filosófica em torno do óbvio, estou convencida de que precisamos, sim, falar sobre atitudes consideradas óbvias, porém não praticadas, em particular no ambiente de trabalho, que é o foco deste livro. Aliás, tem uma frase da escritora e jornalista Clarice Lispector (1920-1977) que diz: “O óbvio é a verdade mais difícil de se enxergar.”

            O ambiente de trabalho (como a sociedade) é regido por determinados padrões de comportamento, que garantem a convivência entre seus integrantes, baseados numa relação respeitosa, atenciosa e tolerante. Não dá para não deixar de alertar os profissionais, independentemente de geração, sobre certas atitudes que podem causar uma colisão frontal com colegas de trabalho e com chefias no ambiente de trabalho.

            Posto isso, cuidado com: 

û  Aperto de mão mole e sem comprometimento.

û Mau humor. Lamúrias. Queixas. Reclamações

û  Interromper a conversa de outra pessoa, sem pedir licença e sem permitir que a pessoa termine seu pensamento.

û Desrespeito à hierarquia

û Procrastinação = não cumprir prazos estipulados

û  Atrasar-se em reuniões e eventos. Impontualidade.

û  Um e-mail mal escrito

û  Ofensas e agressões pessoais

û  Sarcasmo. Zombar de tudo.

û  Tirar sarro/caçoar de alguém.

û  Piadas depreciativas. Fazer graça à custa de outros.

û  Corrigir a gramática ou a pronúncia de quem estiver falando.

û  Falar alto

û  Chamar as pessoas aos gritos ou com gestos agressivos.

û  Apontar outros com o dedo.

û  Abusar da liberdade. Brincadeiras preconceituosas

û  Manifestar frequentes atitudes de infantilidade

û  Tratamentos de intimidade

û  Fofocas e mexericos

û  Falar mal de pessoas

û  Indiscrição

û  Expor a vida pessoal para os colegas de forma irresponsável

û  Desrespeitar a privacidade do outro.

û  Conversar com alguém olhando para o relógio ou mexendo no celular

û  Não desgrudar os olhos do celular durante reuniões e durante almoço de negócios.

û  Conversas paralelas e risadas durante reuniões

û  Repreender (dar bronca) alguém na frente de outros

û  Ser o “dono da verdade”.  Entender de tudo. Querer ser o mais inteligente.

û  Ter sempre razão.

û  Preguiça

û  Agarrar outra pessoa pelo braço. Ou puxá-la pela camisa.

û  Beber além da conta em festa da empresa.

û  Gesticular demais.

û  Falar palavrões e fazer uso frequente de gírias e cacoetes

û  Bocejar e espirrar na cara do outro.

û  Usar palito de dente fora do banheiro

û  Cuspir e jogar lixo na calçada.

û   Apresentação pessoal desleixada.

û   Mascar chicletes

û  .....

û  .....

û  .....