segunda-feira, 17 de setembro de 2018

PERTENCIMENTO: é "agir" com propósito




WAMSER, Eliane

elianewamser@outlook.com



 Certa tarde de julho de 2015, minha sobrinha Emily, sua amiga Fran e eu conversávamos na cozinha sobre o que estavam estudando na escola. Emily prontamente disse que em Ciências estavam desenvolvendo um projeto sobre a Mata Atlântica. E eu, diante de minha sabedoria de tia, disse:

- Emily, você lembra que no ano passado ficamos um final de semana na casa do avô da Fran no meio da floresta? Lá estávamos cercados pela Mata Atlântica.

E ela respondeu: “Tia Eliane, você sabia que aqui na sua casa você tem Mata Atlântica?”

 Imediatamente ela saiu da cozinha e foi até o escritório. Parou defronte a impressora, tirou uma folha de papel A4, mostrou-me dizendo: “Tia Eliane, isso aqui é Mata Atlântica.”

Minha resposta gaguejando: “Você tem razão, Emily. Quanta Mata Atlântica eu tenho aqui em casa. E na estante de livros então?”

Na sua maneira singela, Emily demonstrou e exercitou seu sentimento de pertencimento à natureza. Aliás, um sentimento que praticamos (ou deveríamos praticar) no cotidiano onde moramos, onde trabalhamos, onde nos divertimos, onde estudamos, no grupo de amigos com os quais convivemos.
                                Orquídea cultivada no jardim da minha mãe.

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